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Leonor Claro
16 anos
Natural de Alcácer do Sal

Leonor Claro frequenta o 11º ano na área de ciências na Escola de Alcácer do Sal e revela terem sido os pais a despertar o seu interesse pelos temas das alterações climáticas e ambiente. No futuro, independentemente da forma que este se apresente, gostaria de continuar o seu trabalho enquanto ativista.

Ao longo do seu percurso escolar, participou nalgumas iniciativas de proteção do ambiente e diminuição da poluição, mas foi em 2019 – quando frequentava o 7º ano – que se juntou aos movimentos estudantis, nomeadamente à Greve Climática Estudantil. Considera que há ainda um longo caminho a percorrer no que diz respeito à mentalidade das pessoas e revela ser este o maior desafio que sentiu neste percurso.

 

Em que momento é que decidiste ser ativista ambiental?

Eu sinto que não houve exatamente um momento, sempre fui muito sensível ao tema das alterações climáticas e ao tema do ambiente. Acho [que foi], principalmente, por causa dos meus pais: como é uma preocupação deles, sempre me incutiram muito isto e, então, sempre estive muito sensibilizada para este problema. Portanto, não sinto que houve um marco. Obviamente que, quando todos estes movimentos estudantis começaram a surgir, como eu já estava sensibilizada para este problema, decidi que também queria participar, fazer parte e começar a tomar ação.

De que forma exerces o teu ativismo? Estás nalguma organização que trate estes temas? Quais são os maiores desafios que atravessaste neste percurso?

A primeira vez que, digamos, comecei a ser ativista – acho que, na altura, nem me vi como tal –, foi quando comecei um projeto com uns amigos na escola em que andava, que tinha como objetivo proteger o ambiente e que tinha a ver com a poluição, porque a escola costumava estar sempre muito suja, com muito lixo. Acho que foi assim a primeira vez que comecei a entrar em contacto… Mas, depois, no 7º ano (acho que em 2019), quando começou a surgir a Greve Climática Estudantil cá em Portugal, a Greta Thunberg começou a ficar muito mais conhecida e começaram a surgir todos os outros movimentos estudantis, foi quando me juntei à Greve [Climática Estudantil] e também comecei a estar muito mais por dentro de tudo.

Quais são os maiores desafios que atravessaste neste percurso?

Acho que têm a ver, principalmente, com a mentalidade das pessoas. Nem toda a gente está tão preocupada nem tem a noção da gravidade da situação em que estamos.

O que achas que podemos fazer para atrair mais jovens para o movimento da justiça ambiental? Tens alguma mensagem que gostasses de passar a outros jovens que se queiram juntar à causa ambiental?

É uma pergunta interessante, porque já pensei sobre isso várias vezes, mas acho que, ao falarmos mais sobre o assunto e ao discutirmos mais uns com os outros, podemos acabar por conseguir, também, sensibilizar as outras pessoas. Este movimento da Greve Climática Estudantil é um espaço que está aberto a todos, um espaço seguro. Às vezes (acho que as pessoas não têm essa noção), estes movimentos acabam por ser muito bons, porque acabamos por estar em contacto com outras pessoas, que têm estas mesmas preocupações que nós. E, se calhar, alguns de nós sentimo-nos um bocado preocupados com este problema e acaba por ser muito bom podermos contactar com outras pessoas que também têm esta preocupação e que querem fazer algo para o mudar. Então, acho que falarmos com as pessoas, dar-lhes a conhecer o movimento, como é que nós somos constituídos, como é que funcionamos, pode conseguir mobilizar mais pessoas. Principalmente, começar por informá-las; também, ouvi-las um bocado. Acho que é muito importante! Aliás, uma das reivindicações da Greve Climática Estudantil era mesmo colocar as alterações climáticas e a ecologia no currículo escolar. Nós achamos que é muito importante que esses assuntos sejam falados nas escolas.

Quais são os teus planos para o futuro? Onde é que gostavas de levar o ativismo e a luta climática?

Já comecei a questionar-me um bocado e gostava de continuar com o ativismo. De que forma? Não sei muito bem. Sei que gostava de continuar a fazer parte da Greve Climática Estudantil. Sei que, provavelmente, não vou continuar a fazê-lo aqui em Alcácer, porque, se quiser continuar a estudar, vou ter que ir para a faculdade, mas, independentemente de onde esteja, gostava de continuar com o ativismo.

 

Esta entrevista faz parte de um conjunto de entrevistas a jovens ativistas pelo Clima, que disponibilizaremos aqui no Escolas pelo Planeta!

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