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A indústria da moda, nos últimos anos, tem impactado negativamente o ambiente, e é importante percebermos porquê. De acordo com a Green of Charge, é a segunda indústria mais poluente, sendo responsável por 10% da poluição mundial.

Atualmente, consumimos quase tudo de uma forma acelerada. Desde entretenimento e comida até à roupa que usamos, somos bombardeados diariamente com novos produtos e novas maneiras de satisfazer necessidades. Quais as consequências deste nível de consumo para a sociedade? Ao mantê-lo, estamos a destruir o nosso planeta.

O que significa o termo fast fashion?

Quase todas as grandes marcas de roupa que conhecemos produzem o que chamamos de moda rápida – ou fast fashion. Shein, Zara, H&M, Mango, Bershka são alguns exemplos da indústria têxtil que produzem roupa com mão-de-obra muito barata, a preços baixos e competitivos, em curtos períodos de tempo. Os baixos custos de produção e de matérias-primas fazem com que as peças de roupa durem menos tempo e rapidamente seja preciso comprar outras para as substituir.

Também a velocidade com que surgem novas coleções e a publicidade apelativa fazem com que haja vontade de acompanhar as tendências da moda e se consuma roupa de uma forma massiva.

Porque é prejudicial para o planeta?

Para que seja possível produzirem a este ritmo acelerado e a preços baixos, as marcas utilizam químicos e corantes altamente tóxicos, e tecidos sintéticos, derivados de combustíveis fósseis, que poluem as águas do oceano com microplásticos e contribuem para as emissões de carbono e de gases tóxicos na atmosfera.

As roupas descartadas, devido ao seu pouco tempo de vida ou mesmo por não seguirem as tendências de moda, causam também grandes prejuízos para o planeta. Segundo dados da APA – Agência Portuguesa do Ambiente (divulgados pelo Diário de Notícias), em 2017, cerca de 200 756 toneladas de resíduos têxteis foram recolhidos nos contentores urbanos próprios, representando cerca de 4% do total de resíduos produzidos em Portugal.

Alternativas: slow fashion e upcycling

Duas boas respostas que nasceram da necessidade de resposta à poluição, desperdício e produção acelerada foram os movimentos slow fashion e upcycling. O primeiro, mais ligado à desaceleração dos ciclos industriais e ao uso de peças com qualidade, tem vindo a ganhar destaque no mundo da moda. Marcas como Sézane, Patagonia – e as portuguesas Näz, RSM Slow Living e Zouri – prezam por designs mais sustentáveis com materiais orgânicos e recicláveis, sem esquecer a mão-de-obra qualificada e produções mais lentas.

A prática de upcycling é também uma alternativa importante ao desperdício e consumo desnecessário. Baseia-se no reaproveitamento de materiais como tecidos, plásticos e mesmo roupas usadas e transforma estes pedaços numa peça de roupa criativa. Existem vários projetos internacionais de upcycling de moda, como o caso do Decontoured, em Itália, e os Dostou Chance e Tesura, no Chipre, que dão uma nova vida a peças e tecidos antigos.

Na infografia abaixo, damos-te algumas dicas para conseguires reduzir o impacto deste tipo de consumo!

 

 

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